CÂMARA DE IBICARAÍ

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dólar encerra em queda e fica abaixo de R$ 2 nesta segunda-feira

Moeda americana não fechava abaixo de R$ 2 desde 29 de maio deste ano.
Com queda de 1,1%, divisa terminou a R$ 1,9874.

Do G1, com informações da Reuters

Depois de abrir em alta no pregão desta segunda-feira (2), o dólar encerrou com desvalorização e abaixo dos R$ 2. O valor não era alcançado desde 29 de maio deste ano, quando a moeda fechou a R$ 1,9864. O dólar caiu 1,1%, para R$ 1,987. No ano, a moeda acumula queda de 6,4%.

Influenciou a cotação da moeda norte-americana a notícia de que a Finlândia irá impedir que o fundo de resgate permanente da zona do euro compre títulos governamentais nos mercados secundários.
Além disso, foi divulgado hoje o índice de desemprego na União Europeia no mês de maio, que atingiu o maior nível desde 1995.
Em relação ao Brasil, repercutiu no mercado a pesquisa Focus, do Banco Central, que confirmou uma nova rodada de queda das projeções para atividade e inflação.
Leilões da semana passada
Segundo operadores, o mercado ainda está reagindo à forte atuação do Banco Central na semana passada, também diante de um cenário externo um pouco melhor, após anúncios de medidas na zona do euro na sexta-feira.
Diante da forte aversão ao risco vista na semana passada antes da cúpula da União Europeia (UE) na sexta-feira e com o dólar se aproximando de R$ 2,10, o BC fez três leilões de swap cambial tradicional – equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro. O BC vendeu todos os 180 mil contratos oferecidos na semana passada, mostrando que havia demanda no mercado e movimentando quase US$ 9 bilhões.
Após essa atuação do BC e também com um maior otimismo no cenário internacional, depois que líderes da UE anunciarem medidas para combater a crise da região, o dólar despencou mais de 3% no pregão passado, levando a moeda a anular a alta que acumulava em junho e encerrar o mês com desvalorização de 0,38%. Apesar das medidas anunciadas lá fora trazerem alguma tranquilidade, ainda há dúvidas sobre como serão executadas. Pesaram ainda indicadores econômicos negativos no mundo, que podem atrapalhar a recuperação dos mercados financeiros.
Nesta segunda-feira, por exemplo, a Finlândia informou que pretende impedir que o fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), compre títulos governamentais em mercados secundários.
Também foram divulgados em alguns países dados negativos sobre o setor de manufaturados, como os dados de atividade da indústria dos Estados Unidos, que recuaram para 49,7 em junho, ante 53,5 no mês anterior.
Volatilidade
Diante desse cenário, operadores alertaram ainda que a moeda norte-americana pode mostrar alguma volatilidade, reagindo também à percepção do fraco crescimento no Brasil, que pode tornar o país menos atrativo para investimentos estrangeiros.
"A demanda dos leilões do final da semana passada parece já ter contemplado a necessidade do mercado e as medidas na Europa já fizeram com que investidores ficassem mais tranquilos. Mas nada impede que a moeda suba de novo. Por enquanto, acredito que possa continuar em torno desse patamar", disse o superintendente de câmbio da Intercam Corretora de Câmbio, Jaime Ferreira.
O sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, por sua vez, afirmou que o mercado brasileiro tem tido movimentos exagerados e alguma especulação, tanto com o dólar subindo quanto caindo frente ao real, o que acontece também em função da atuação do BC. Para ele, o Banco Central vai continuar atento e fazendo a moeda se manter no que chamou de "banda informal" entre R$ 1,90 e R$ 2,10. Perto dos R$ 2,10, o BC poderia voltar a fazer leilões de swap tradicional e, abaixo de 1,90 real, acredita que aumenta a chance do BC voltar a comprar dólares no mercado à vista.

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