CÂMARA DE IBICARAÍ

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terça-feira, 24 de julho de 2012

Começa sessão para depoimento de testemunhas do caso Cachoeira

Quatro policiais federais da Operação Monte Carlo prestarão depoimento.
Réus e advogados acompanham falas na Justiça Federal de Goiânia.

Iara Lemos, Mariana Oliveira e Versanna Carvalho Do G1, em Goiânia
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  O juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia, abriu por volta das 9h15 desta terça-feira (24) a audiência que ouvirá testemunhas de acusação do processo referente à Operação Monte Carlo, na qual o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi preso no fim de fevereiro. O contraventor e mais sete são réus na ação penal.
A previsão é de que quatro policiais federais que participaram das interceptações telefônicas da operação falem ao juiz pela manhã. Familiares do bicheiro acompanham o depoimento, entre eles a mulher, Andressa Mendonça, e o pai, Sebastião Ramos, conhecido como Tião Cachoeira.

Cachoeira, que está detido no presídio da Papuda, em Brasília, chegou por volta das 8h desta terça ao prédio da Justíça Federal de Goiânia para acompanhar os depoimentos. Ele entrou na sala de audiências pouco antes do início da sessão, vestido de terno, e ficou sentado na primeira fileira dos réus.
O outro réu preso do processo, Gleyb Ferreira da Cruz, apontado na denúncia do Ministério Público Federal de Goiás como auxiliar do contraventor, também acompanha da primeira fileira.
Os demais réus no processo da acompanham os depoimentos, que chegaram a ser presos mas já foram soltos, estão na segunda fileira: Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, suspeito de ter feito grampos ilegais a mando de Cachoeira; Wladimir Garcez, apontado como elo entre Cachoeira e o governo de Goiás; José Olímpio de Queiroga Neto, suspeito de atuar na abertura e fechamento de pontos de jogo ilegal; Lenine Araújo de Souza, apontado como braço-direito de Cachoeira; e Raimundo Washington de Sousa Queiroga, irmão de José Olímpio.
O oitavo réu do processo, Geovani Pereira da Silva, acusado de ser o contador da quadrilha, está foragido desde a Operação Monte Carlo e não será ouvido pela Justiça.
O advogado Leonardo Gagno, que defende três réus do processo - Dadá, José Olímpio de Queiroga e Raimundo Queiroga - pediu logo no início da sessão a suspensão das audiências para ouvir as testemunhas sob argumento de que os advogados dos demais 73 réus do processo que foi desmembrado não estão presentes. "Eu não estou me opondo ao desmembramento. Estou me opondo a ausência dos demais advogados dos réus."
Os advogados dos réus disseram ao G1 na segunda que tentariam suspender a audiência no início da sessão.
O procurador da República Daniel de Resende argumentou que a audiência não causará prejuízo aos réus ausentes. "Os co-manecer calados e não precisam prestar juramento. [...] Não há prejuízo ao processo o desmembramento nem para essa audiência e nem para as demais."
O juiz Alderico Rocha indeferiu o pedido. "Em face do princípio do contraditório, a prova produzida nestes autos não terá repercussão no processo desmembrado, que vale dizer, não poderá ser utilizada."
A advogada Dora Cavalcanti, que defende o bicheiro Carlinhos Cachoeira, também pediu a suspensão das audiências e argumentou que as diligências não foram concluídas. Disse que diversos requerimentos de informações da defesa não foram atendidos, entre eles o que solicitou dados cadastrais de todas as pessoas grampeadas. "Entende a defesa que é necessário saber o nome do universo de pessoas investigadas, tendo sido elas objeto de interceptação telefônica ou não."
O procurador Daniel Resende afirmou que os dados pendentes não impedem a realização das audiências. O juiz Alderico Rocha concordou com o procurador e rejeitou o pedido. Afirmou que o depoimento dos policiais federais nesta terça "irão contribuir para se conhecer o alcance" das interceptações.
Na parte da tarde devem ser ouvidas dez testemunhas de defesa indicadas pelos réus. Nesta quarta (25), será a vez do próprio contraventor depor, além de seis na ação.
A Monte Carlo é a operação da Polícia Federal que prendeu Cachoeira sob acusação de exploração do jogo ilegal em Goiás. Após a operação, o Ministério Público Federal de Goiás denunciou 81 pessoas, mas o processo foi dividido em dois: um para os 73 réus soltos e outro para os oito com mandado de prisão, entre os quais Cachoeira. As audiências desta semana se referem apenas ao processo contra os oito réus.
Adiamento
As audiências aconteceriam no fim de maio, mas foram suspensas por uma decisão liminar do desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que entendeu que as diligências teriam de ser concluídas. Depois, o juiz do caso em Goiânia foi substituído após alegar ter sido ameaçado. O novo magistrado responsável pelo caso remarcou as audiências para esta terça e quarta.

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