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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Padre impede primeira eucaristia de menino autista e gera polêmica no RS

Sacerdote alegou que garoto não entende o sentido do ritual religioso.
Eucaristia foi negada pelo pároco no último domingo em Bom Princípio.

Do G1 RS, com informações da RBS TV
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Mãe e pai ficaram revoltados com atitude do padre (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV) 
Mãe e pai ficaram revoltados com atitude tomada pelo padre (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV)
A decisão de um padre de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul causou revolta entre os moradores do município de 11,8 mil habitantes no último domingo (17). O pároco negou a primeira comunhão a um adolescente autista de 13 anos, que receberia a eucaristia juntamente com outras 34 crianças na Paróquia Nossa Senhora da Purificação. A família está inconformada com a atitude do sacerdote, que afirma não ter sido movido pelo preconceito. De acordo com a mãe, Maria Silvani Maldaner, de 41 anos, o menino já estava na fila que se formava no interior da igreja quando o pároco disse que não iria deixar o garoto participar do ritual.
Padre alega que menino rejeitou a hóstia (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV) 
Padre alega que menino não está preparado para
assimilar o sentido do ritual (Foto: Alexandre dos
Santos/RBS TV)
"O padre passou reto por mim e disse que meu filho não faria a primeira comunhão. Mas o guri já estava treinado, ele queria muito isso. Tu sabes o que é ter de segurar a mão de uma criança que ia receber Jesus e não vai por causa de um pároco?", lamenta a Silvani. O garoto, batizado pela Igreja Católica, participou das aulas de catequese junto com outras crianças na paróquia. A festa para o menino já estava preparada, e cerca de 90 pessoas haviam sido convidadas.
O padre Pedro José Ritter se defende e diz que a Igreja dispensa necessidade do rito da eucaristisa em casos como esse. Ele chegou a ensaiar normalmente com o menino uma semana antes da cerimônia, que teria se negado a receber a hóstia. O sacerdote afirma que o adolescente não estava preparado para entender o sentido da comunhão. "Não posso abrir a boca dele com força e largar um pedacinho da hóstia lá dentro. Tem de ser um ato livre e espontâneo", sustenta.
A mãe, muito religiosa, treinou o filho durante quatro meses para a ocasião devido ao grau elevado de autismo sofrido por ele. Mesmo assim não conseguiu fazer o menino aceitar a hóstia durante o ensaio. A atitude do sacerdote, no entanto, segue sendo criticada pela população e gerou um debate nas redes sociais. A situação envolvendo o padre e o garoto autista será analisada pelo bispo da diocese de Montenegro, Dom Paulo de Conto.

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