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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Os candidatos vão ao mercado

 Por Roberto Brant - Fonte Blog do Ricardo Noblat

Roberto Brant é ex-ministro da Previdência Social e escreve no Capital Político

Os efeitos do baixo crescimento e do alto desemprego já não estão segregados nas periferias longínquas

 O Brasil chegou ao ponto em que é impossível a qualquer um fechar os olhos para nosso fracasso econômico. Há mais de 10 anos estamos regredindo em quase todos os indicadores de bem-estar e prosperidade, num período em que praticamente todos os países de alguma relevância econômica cresceram.

Agora mesmo nossa economia acaba de ingressar naquilo que os economistas chamam de recessão técnica, quando o crescimento do PIB é negativo por dois trimestres seguidos, após um breve ensaio de recuperação.

Se estivéssemos em tempos normais, o tema dominante da agenda política só poderia ser crescimento econômico. Os efeitos do baixo crescimento e do alto desemprego já não estão segregados nas periferias longínquas. A pobreza crescente está expondo seus tristes traços nos centros das grandes cidades, até em São Paulo.

Percorrer o centro da nossa cidade mais rica chega a ser um espetáculo de horror. Mas, onde quer que se vá em todo o país, a pobreza e a miséria estão expostas cruamente diante dos olhos de todos.

É uma ilusão acreditar que a índole resignada dos brasileiros pobres não deixará que se turve a paz e a tranquilidade dos ricos e dos remediados. Em algum momento, o crescimento da pobreza e a ausência clara de oportunidades para quem está de fora podem produzir uma explosão social.

Apesar de tudo isto, o tema do crescimento econômico e do combate à pobreza pelo aumento dos empregos e das atividades produtivas nem sequer é mencionado.

Quando um espírito mais livre ousa tocar na questão, é imediatamente rotulado de anacrônico ou herege, pois esta não é absolutamente uma tarefa do Estado. A reação é de tal forma contundente e avassaladora que os mais sensíveis preferem retroceder e voltar ao silêncio. O papel dos governos, segundo este consenso, é manter um rígido conservadorismo fiscal e neutralizar a ação direta do Estado.


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