O novo premiê francês mal chegou e… já se demitiu

 

FONTE The News  A França troca de primeiro-ministro como a seleção brasileira troca de treinador. Menos de um mês depois de ser nomeado ao cargo, Sébastien Lecornu anunciou sua renúncia, confirmando a 4ª saída de um premiê em pouco mais de um ano.

A missão de Lecornu era estancar a crise política que vem corroendo o governo francês. Mas a tentativa durou pouco.

O ex-ministro culpou a “intransigência dos partidos” ao afirmar que cada legenda queria impor o próprio programa, deixando o país em segundo plano.

A decisão veio logo após Macron anunciar uma nova composição de gabinete. O timing foi simbólico, já que Lecornu saiu antes mesmo de o novo governo começar a trabalhar. A instabilidade governamental no país está relacionada com os cofres. Atualmente, a França acumula cerca de € 3,3 trilhões em dívidas, o equivalente a 114% do PIB, maior valor entre as nações da União Europeia. Cada vez mais isolado e sofrendo para governar, Macron tem 3 caminhos pela frente: nomear outro premiê, dissolver o Parlamento ou, em último caso, renunciar. Do outro lado do mundo, a história é diferente  Enquanto a França perde, o Japão está prestes a ganhar uma nova liderança. Inspirada em Margaret Thatcher, a conservadora Sanae Takaichi foi eleita líder do Partido Liberal Democrata e deve se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do país. A vitória acontece após a renúncia de Shigeru Ishiba, que deixou o posto em meio a derrotas eleitorais e à perda da maioria no Parlamento.