Câmara aprova projeto que pode reduzir pena de Bolsonaro

 

FONTE The News  Eram quase 2h30 da manhã quando a Câmara dos Deputados aprovou, por 291 a 148, o texto-base do projeto da Dosimetria — proposta que reduz penas dos condenados pelo 8/1. Veja como cada deputado votou.

A sessão foi turbulenta. Antes da votação, o deputado Glauber Braga (PSOL) chegou a ser retirado à força pela polícia após ocupar a cadeira do presidente Hugo Motta como forma de protesto.

Depois do empurra-empurra, veio o resultado que pode encurtar significativamente o tempo de prisão dos réus, que vão desde a ‘Débora do batom’ até o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O que muda na prática

O centro da mudança está em como os crimes são calculados. O texto funde o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito ao de golpe de Estado. Na prática, eles continuariam valendo, mas sem soma das penas.

O projeto também muda o tempo para progressão de regime: de 1/4 para 1/6 da pena para deixar o regime fechado. Dessa forma:

➡️ Bolsonaro poderia ter sua pena reduzida de 27 anos e 3 meses para cerca de 20 anos.

➡️ O tempo de Jair no regime fechado também cairia, de 6 anos e 10 meses para cerca de 2 anos e 4 meses. O que dizem os bastidores A aprovação é vista como uma manobra do Centrão para negociar com Bolsonaro. A leitura é a de que, com uma redução de pena do ex-presidente, Flávio poderia abrir mão da disputa pelo Planalto, deixando o caminho livre para Tarcísio ou Ratinho Jr — nomes bem quistos pelo Centrão. Agora, o texto segue para o Senado, que deve analisar a proposta ainda este ano, conforme declaração de Davi Alcolumbre

Fachin quer dar “a César o que é de César”

 

FONTE The News 

O novo presidente do STF quer implementar um código de conduta exclusivo para os tribunais superiores, algo que ainda não existe no Brasil. A ideia, inclusive, já teria irritado parte dos ministros do Supremo.

Explicando: Atualmente, o Código de Ética da Magistratura vale para juízes em geral, mas não alcança instâncias superiores como STF e STJ.

A proposta se inspira no modelo alemão, que coloca regras sobre atuação pública e relações externas dos ministros. Segundo o texto europeu:

Ministros podem receber por palestras e eventos, desde que isso não afete a imagem ou independência do tribunal; Magistrados devem manter discrição em falas públicas, evitando opiniões políticas e comentários sobre processos em andamento; A atuação deve ser imparcial, livre de pressões econômicas, sociais ou ideológicas. Por que isso importa? O STF vive uma fase de desgaste público. Nos últimos anos, cresceram as críticas sobre relação de ministros com empresários, eventos pagos e viagens patrocinadas. O caso mais recente é o de Dias Toffoli, que viajou a Lima para assistir a final da Libertadores no mesmo jatinho em que estava o advogado do Master. Poucos dias depois, o ministro impôs sigilo total ao processo do banco, que é investigado por fraudes que podem chegar a R$ 12 bilhões. No fim, o líder do STF quer impor um novo “manual de comportamento” para as figuras mais altas do Judiciário, deixando claro o recado de “ao direito, o que é do direito — à política, o que é da política”. Se aprovado, o código pode se tornar um dos maiores movimentos de transparência e blindagem institucional da Justiça brasileira.

A Paramount viu o cheque da Netflix e disse: “toma aqui um maior”

 

FONTE The News  “Eu vou fazer um leilão. Quem dá mais pelo meu coração pelos meus estúdios.” Três dias depois da Netflix anunciar um acordo para comprar a Warner Bros. por US$ 83 bilhões, a Paramount voltou à mesa com uma oferta mais alta: pouco mais de US$ 108 bi.

O que está em jogo é muito mais do que estúdios e streaming. A Warner é dona de alguns dos catálogos mais valiosos do entretenimento mundial — Harry Potter, Game of Thrones, DC Comics, Friends, Succession, The Sopranos e por aí vai. Na prática, quem levar a empresa passa a controlar um dos maiores cofres de conteúdo do planeta. Além de adicionar um cardápio centenário de produções, a Paramount quer evitar que a Netflix cresça demais. Segundo a empresa, a fusão da Warner com a Tu-Dum criaria um monopólio na indústria. “E por que com a Paramount isso não ocorreria?” Bom, os números falam por si só. Netflix + HBO Max = 430M de assinantes no mundo todo Paramount + HBOA Max = 207M de assinantes no mundo todo O final dessa história está longe do fim. Embora a Paramount se mostre disposta a “pagar o que for preciso” para comprar a Warner, ela ainda terá que convencer os acionistas da empresa a aprovar o acordo. A Netflix, por outro lado, já conseguiu este feito, mas ainda precisa do aval de órgãos regulatórios para finalizar o deal. Nesse domingo, Trump declarou que a negociação “pode ser um problema” e disse que estará envolvido na aprovação ou não do negócio. O que poucos falam… Além da business, outro fator que pode entrar nessa negociação é a proximidade do presidente americano com a família Ellison, dona da Paramount e mais alinhada ao conservadorismo. Hollywood parece ter se tornado um verdadeiro leilão — e o martelo final pode definir quem mandará no entretenimento mundial daqui para frente.

Hollywood agora é conteúdo original Netflix

 

Fonte The News 

A Netflix superou Paramount e Comcast e fechou um acordo de US$ 83 bilhões para comprar a HBO MAX e o estúdio da Warner Bros. Discovery.

A negociação se deu graças à perda de quase 60% do valor de mercado da Warner desde 2022. No último ano, a empresa registrou US$ 9 bilhões em prejuízo.

Com a aquisição, a Tu-Dum passa a controlar HBO, Max e o estúdio de cinema da Warner, levando consigo franquias como Harry Potter, Batman, Friends, White Lotus e Succession. Nada mal para uma empresa que começou enviando DVDs pelos correios.

Já os canais de televisão (CNN, TNT e TBS) não entram no acordo. A Warner deve separá-los em uma nova empresa, a Discovery Global.

Por que isso importa?

Porque a Netflix deixa de ser "só o maior streaming" para virar o maior conglomerado de entretenimento do planeta.

Com 300M de assinantes no mundo, a Netflix adiciona mais 130M da Warner, além de todo o seu portfólio centenário de produções. Com isso:

Filmes e séries da Warner podem virar exclusivos da Netflix; As assinaturas podem ter um salto nos preços (mais poder, menos competição); Hollywood pode sofrer queda ainda maior nos cinemas, já que a Netflix raramente lança blockbusters nas telonas.

Mas nada está garantido (ainda)

O deal ainda precisa ser aprovado por órgãos reguladores. Membros do governo americano têm demonstrado preocupação que a Netflix possa se tornar grande demais para competir, criando um monopólio do setor de entretenimento.

Brasil bate recorde e vira queridinho do turismo

 

FONTE The News  Pelo visto, estamos virando o hotspot das agências de turismo mundo afora. De janeiro a novembro, 8 milhões de estrangeiros passaram por aqui.

Isso é mais que os 6,7M de 2024 e até que a meta do governo de 7,7M para 2025 — sem nem ter acabado o ano. É o melhor desempenho desde que a contagem começou, em 1974.

Vai além da selfie no Pão de Açúcar… O setor já responde por cerca de 8% do PIB brasileiro, e tem se firmado como uma das formas mais rápidas de gerar emprego e renda. Só neste ano, foram criadas 120 mil novas vagas formais no setor.

A verdade é que o Brasil está chamando mais atenção lá fora. O principal motivo nem é só o câmbio, mas principalmente os destinos de natureza e cultura — a exemplo do aumento na busca por viagens a Amazônia, Pantanal e Lençóis Maranhenses.

Olhando para frente: O governo cogita bater 10 milhões de gringos nos visitando em 2025 e já mira levar o turismo a dois dígitos do PIB nos próximos anos.

IBICARAÍ- Mais uma caminhada bruta

 

POR Arnold Coelho Jornalista MTB 0006446/BA

A Turma da Caminhada encarou, no último domingo (30 de novembro), mais uma daquelas jornadas brutas pelo corredor de montanhas que corta o município de Ibicaraí rumo a vizinha cidade de Barro Preto. Foram mais de 32 quilômetros vencidos em aproximadamente 11 horas, até o balneário de Adilson — um percurso que mistura desafio, paisagens e boas histórias.

A aventura começou cedo, às 5h20, no portal de entrada da cidade. Dos 40 inscritos, 25 madrugaram para seguir rumo à Serra do Córrego Grande. A subida passou pelo assentamento, por Marquinhos, Crispim, Fazenda Tupã e chegou a Abel de Furtuoso, nossa primeira parada, no quilômetro 8.

Seguimos então pela Fazenda do saudoso Pedro Gama, contornando a montanha até a propriedade de Rui. Na descida pelo lado leste, alcançamos a região dos Gouveias e tomamos o rumo norte em direção ao esperado balneário.

O trecho seguinte foi dentro da mata, cortando mais uma montanha até uma pequena rocinha. O cenário bucólico — casinha de barro, uma bica fresca e o cheiro da roça — serviu como cenário perfeito para o café compartilhado e para sentir, de perto, a vida simples do interior.

Depois veio a subida por um cacaual, de onde avistamos a famosa Pedra Lascada, já no território de Barro Preto. Em seguida, descemos cerca de um quilômetro até uma linda cachoeira escondida na mata. Ali, marcamos mais uma parada antes de, enfim, chegar a Adilson, após mais de 15 quilômetros de caminhada.

No balneário, a recepção calorosa do anfitrião e o ambiente dominado por água cristalina de nascentes da serra renovaram as energias. A turma “lavou a alma” na piscina natural, no tobogã e na tirolesa, em quase uma hora de descanso merecido.

A volta foi pela estrada da Jussara, cortando outro trecho de cacau até a Fazenda Gruta do Mel. Seguimos por Luciano, Vila Emílio Izabel, BR-415 e, já perto das 16h, alcançamos novamente a entrada de Ibicaraí — no limite do cansaço, mas com a mente já planejando a próxima aventura.

Arnold Coelho

Caminhando por Ibicaraí

O Messias que, sem querer, rachou a relação Lula-Senado

FONTE The News  Não o Messias que você está pensando. O homem que tem estampado as capas dos principais jornais do país é o Jorge Messias, que se tornou o protagonista pelo “racha” entre Lula e Alcolumbre.

Os presidentes da República e do Senado sempre se deram bem. Mas a situação mudou desde que Lula fez sua indicação à vaga deixada por Barroso no STF.

Alcolumbre, junto do Centrão, queria Rodrigo Pacheco, seu antecessor no comando do Senado; Lula indicou Jorge Messias, chefe da AGU e homem de confiança do presidente.

Na prática, foi como se Lula estivesse mandando um recado: não vou me render a articulações e pressões de vocês, quem manda aqui sou eu. Mas em Brasília rejeitar “jogar o jogo político” também tem seu preço…

A partir dali, tudo mudou. Antes mesmo de Lula enviar a indicação formalmente ao Senado, Alcolumbre já marcou a sabatina de Messias. Enquanto isso, o Congresso derrubou mais de 50 vetos de Lula, uma clara resposta ao presidente.

O Planalto acusa o senador de estar “esticando a corda” para conseguir mais cargos. Fala-se até que Alcolumbre já sinalizou que aprovaria Messias caso recebesse em troca o poder de indicar o novo CEO do Banco do Brasil. O presidente do Senado rebateu essa acusação no domingo, com uma nota afirmando ser ofensivo reduzir o debate a troca de posições. Agora, Lula tenta articular nos bastidores, com pessoas próximas a Alcolumbre, a aprovação do ministro. No fim do dia, mais do que a vaga no STF em si, ele tenta não perder uma relação com o Centrão para 2026, crucial principalmente em um ano de eleição.